DESABAMENTO PROVOCA TRAGÉDIA E MORTES NA FAVELA NOVA REPÚBLICA
Desabamento mata 14 pessoas na favela Nova República, no bairro do Morumbi, zona sul. O soterramento é consequência de aterro de má qualidade, executado por participantes sem os devidos cuidados técnicos. A três semanas da eleição presidencial, o fato recebe destaque nos meios de comunicação, com o objetivo de prejudicar o candidato do PT. Os jornais minimizam providências legais tomadas pela Administração Regional do Butantã, nos últimos meses. Ela intimou os proprietários do loteamento, situado ao lado da favela, para que construíssem obras de proteção e muros de arrimo. Lavrou inúmeras multas, por descumprimento das determinações.
Depois da tragédia, a Prefeitura socorre as vítimas. Sobreviventes são levados para abrigos, e posteriormente para unidades habitacionais que acolhem famílias em áreas de risco. A Prefeita aciona os proprietários e incorporadores do loteamento, para obter indenizações judiciais por perdas e danos, que beneficiem os familiares das vítimas. O governo municipal quer a responsabilização dos engenheiros que respondiam pela obra. em nível interno, Luiza Erundina determina a abertura de sindicância administrativa, para apurar negligênicas de funcionários públicos.
Por fim, o governo municipal propõe um projeto à iniciativa privada. O Espaço Criança abrange toda a área de 60 mil metros quadrados, onde ocorreu o desabamento. Prevê a implantação de creche, centro de convivência, cantina, anfiteatro, auditório, sala de exposição, biblioteca, brinquedoteca, oficinas de criação e área de lazer.