Luiza Erundina entrega 46 caminhões novos comprados pela Prefeitura, para equipar as Administrações Regionais e ampliar os serviços de manutenção da cidade. Os novos veículos são tipos Munck, utilizado nos trabalhos de construção e reparo de galerias, remoção de galhos e colocação de tampas de bueiros; Carroceria, para o transporte de fucionários, recolhimento de placas e manutenção de áreas verdes; e Basculante, usado na colocação de cascalhos em ruas de terra, remoção de entulho, detritos e transporte de terra e concreto asfáltico, para obras em vias públicas.
Outros acontecimentos ocorridos neste dia
O secretário de Educação, Paulo Freire, dá aula inaugural em curso de capacitação para monitores do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos. O evento, na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, centro da cidade, reúne cerca de 20o representantes de movimentos populares.
O acontecimento marca a retomada de um projeto popular, que tinha sido interrompido pela ditadura militar, em 1964. Na época, o professor Paulo Freire coordenava o Plano Nacional de Alfabetização de Adultos que, por intermédio do método de ensino que leva o seu nome, intoduzira – criticamente – milhares de pessoas no mundo da leitura e da escrita, estimulando a perspectiva de, a partir do próprio saber, participar da transformação da sociedade. Por pretender que a educação fosse exercida como prática de liberdade, Paulo Freire foi expulso do Brasil e, por quase 20 anos, não pôde dar a sua contribuição direta, nas áreas da educação e cultura.
Outros acontecimentos ocorridos neste dia
A Secretaria de Educação publica a cartilha Reflexões sobre o processo metodológico de alfabetização, destinada aos monitores do projeto Mova. Epígrafe assinada pelo secretário Paulo Freire:
“O projeto político-pedagógico que estamos articulando pretende, em última instância, que partindo de uma primeira leitura do mundo, meninos e meninas, homens e mulheres façam a leitura do texto, refaçam a leitura do mundo e tomem a palavra.”
Trecho da cartilha:
“Rejeitamos aquela prática tradicional de entregar ao educador um planejamento pronto do que deve ser feito. Entregar ao educador um pacote embrulhado e amarrado de aulas a serem dadas, com os conteúdos prontos e exercícios a serem preenchidos, mecanicamente, pelos educandos, é desrespeitar o educando, é embrulhar o próprio educador. É encher o educador de invólucros externos, destituindo-o da potencialidade intrínseca de pensar, desapropriando-o de seu poder de decidir, de intervir. Negamos, enfaticamente, o modelo técnico-burocrático, autoritário de educação.”